quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Produção Escrita

        Aconteceu tudo muito depressa. Do meio do nada, ouviram-se gritos vindos da rua, exclamando que matavam o Mestre de Avis. Durante segundos não se ouviu nada nas ruas, mas algum tempo depois, saiu tudo à rua para seguir o Pajem do Mestre de Avis, que era a pessoa que andava a gritar pelas ruas de Lisboa. Nos meus pensamentos, pensava apenas que o Conde Andeiro tinha matado o Mestre. Havia um alvoroço nas ruas, as pessoas que discutiam sobre o que se passava, tinham agora agarrado em armas e fiz o mesmo pois ameaçavam matar o Mestre. Começamos todos a andar em direção ao Palácio até Álvaro Pais aparecer montado no seu cavalo e armado, e ao que parecia, tinha uma espécie de proteção na cabeça.
        Lá seguimos nós em direção ao Palácio, armados e gritando: Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Mestre, ca filho he delRei dom Pedro. Eramos tantos que já nem cabíamos nas ruas principais. Já havia pessoas que se empurravam para serem as primeiras a vingar o Mestre, mas continuávamos todos unidos. No entanto, sobrava apenas um uma questão: Quem matava o Mestre? Não demorou até alguém responder que era o Conde Andeiro. Todos nos revoltámos quando ouvimos isto e já se gritava por lenha para pegarmos ao Palácio e por escadas para espreitarmos pelas janelas para procurar pelo Mestre.
        Até que o Mestre aparaceu á janela e disse: Amigos apacificaae vos, ca eu e vivo e sãao a Deos graças. Todos ficámos felizes quando vimos e alguns até choraram por ver o Mestre vivo. Depois, acabámos por descobrir que fora o Conde Andeiro que tinha morrido e acabamos por dispersar.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Poetas do Século XX

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto no dia 6 de novembro de 1919 e faleceu em Lisboa no d...