quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Produção Escrita

        Aconteceu tudo muito depressa. Do meio do nada, ouviram-se gritos vindos da rua, exclamando que matavam o Mestre de Avis. Durante segundos não se ouviu nada nas ruas, mas algum tempo depois, saiu tudo à rua para seguir o Pajem do Mestre de Avis, que era a pessoa que andava a gritar pelas ruas de Lisboa. Nos meus pensamentos, pensava apenas que o Conde Andeiro tinha matado o Mestre. Havia um alvoroço nas ruas, as pessoas que discutiam sobre o que se passava, tinham agora agarrado em armas e fiz o mesmo pois ameaçavam matar o Mestre. Começamos todos a andar em direção ao Palácio até Álvaro Pais aparecer montado no seu cavalo e armado, e ao que parecia, tinha uma espécie de proteção na cabeça.
        Lá seguimos nós em direção ao Palácio, armados e gritando: Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Mestre, ca filho he delRei dom Pedro. Eramos tantos que já nem cabíamos nas ruas principais. Já havia pessoas que se empurravam para serem as primeiras a vingar o Mestre, mas continuávamos todos unidos. No entanto, sobrava apenas um uma questão: Quem matava o Mestre? Não demorou até alguém responder que era o Conde Andeiro. Todos nos revoltámos quando ouvimos isto e já se gritava por lenha para pegarmos ao Palácio e por escadas para espreitarmos pelas janelas para procurar pelo Mestre.
        Até que o Mestre aparaceu á janela e disse: Amigos apacificaae vos, ca eu e vivo e sãao a Deos graças. Todos ficámos felizes quando vimos e alguns até choraram por ver o Mestre vivo. Depois, acabámos por descobrir que fora o Conde Andeiro que tinha morrido e acabamos por dispersar.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Crónica de D.Pedro + A Lenda de Pedro e Inês

 Crónica do reinado de D. Pedro, escrita por Fernão Lopes, constitui a primeira das três grandes crónicas do primeiro cronista régio. Composta entre 1440 e 1450, foi impressa pela primeira vez em Lisboa, em 1735, por José Pereira Baião. A crónica inicia-se com o retrato do rei, descrevendo os seus gostos particulares, como a caça, e centrando-se no seu zelo, por vezes, excessivo, na execução da justiça. A narração detém-se com mais demora no relato da vingança e glorificação de Inês de Castro, lembrando o cronista que o rei, ao punir os algozes que jurara perdoar diante de seu pai, perdeu muito da boa fama de que gozava junto do povo. Já nesta crónica, o povo surge como personagem coletiva que, na transmissão de histórias que ilustram o comportamento do rei, julga a ação governativa do soberano. Ao mesmo tempo, uma outra linha de leitura prepara o triunfo posterior de D. João I, como, por exemplo, no sonho em que D. Pedro auspicia que o seu filho D. João realizaria grandes feitos. Os materiais que esta crónica aproveitou atestam a escassez de fontes de que o autor dispunha relativamente ao reinado de D. Pedro e, por consequência, a habilidade do historiador na organização de fragmentos documentais diversos, que vão desde as histórias semilendárias que se avolumaram em torno da conceção de justiça do soberano, até aos livros de chancelaria régia, atas, cartas, e até alguns períodos de Pero López de Ayala na Crónica del Rey Don Pedro.
Fonte: http://www.infopedia.pt/$cronica-de-el-rei-d.-pedro














Apesar do casamento, o Infante marcava encontros românticos com Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas. Depois da morte de D. Constança em 1345, D. Pedro passou a viver maritalmente com Inês, o que acabou por afrontar o rei D. Afonso IV, seu pai, que condenava de forma veemente a ligação, e provocou forte reprovação da corte e do povo.
Durante anos, Pedro e Inês viveram nos Paços de Santa Clara, em Coimbra, com os seus três filhos. Mas o crescendo de censura à união por parte da corte pressionava constantemente D. Afonso IV, que acabou por mandar assassinar Inês de Castro em Janeiro de 1355. Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, nunca perdoando ao pai o assassinato da amada. Quando finalmente assumiu a coroa em 1357, D. Pedro mandou prender e matar os assassinos de Inês, arrancando-lhes o coração, o que lhe valeu o cognome de o Cruel.
Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal. Em Abril de 1360, ordenou a trasladação o corpo de Inês de Coimbra para o Mosteiro Real de Alcobaça, onde mandou construir dois magníficos túmulos, para que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada. Assim ficaria imortalizada em pedra a mais arrebatadora história de amor portuguesa.

Poetas do Século XX

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto no dia 6 de novembro de 1919 e faleceu em Lisboa no d...