Vou agora sobre uma das minhas sagas preferidas que já li, Harry Potter. A autora destes livros é Joanne "Jo" Rowling, também conhecida como J. K. Rowling, nome com o qual assina as suas obras, ou pelo seu nome de casada, Joanne Murray.
A série narra as aventuras de um jovem feiticeiro, Harry James Potter, a personagem principal , e seus amigos Ron Weasley e Hermione Granger, os quais são alunos da Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts. A parte principal da história diz respeito a busca de Harry para superar o feiticeiro das trevas Lord Voldemort, que pretende tornar-se imortal, conquistar o mundo dos feiticeiros, subjugar as pessoas não-mágicas e destruir todos aqueles que estão em seu caminho, especialmente Harry Potter.
Estes livros foram adaptados para uma saga composta por oito filmes feita pela Warner Bros. Pictures e tornou-se a série cinematográfica mais assistida da história.
Na minha opinião, estes livros são simplesmente fantásticos e acho que todos deviam ter a oportunidade de ler pois é uma história extraordinária e aplica-se a todas as idades.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Impressão Digital - António Gedão
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Fernão Lopes
Apesar de ser grande a sua influência na história, não se sabe muito sobre a vida de Fernão Lopes, cronista e historiador português. É provável que ele tenha nascido na cidade de Lisboa entre os anos de 1378 e 1383, filho de uma família de camponeses ou de mesteirais. Fernão foi guarda-mor da Torre do Tombo, tabelião geral do reino e cronista dos grandes reis de Portugal D. João I e D. Duarte, ainda também do infante D. Fernando. Alguns historiadores apelidaram o cronista como “pai” da História Portuguesa, já que ele escreveu importantes crônicas cruas e fatídicas do que acontecia em Portugal durante sua vida. Não há relatos, mas se acredita que Fernão Lopes haveria falecido por volta de 1460.
Fernão Lopes não foi um escritor de crônicas qualquer do século XV. Com seus textos ele sempre buscou mostrar a história como ela realmente estava acontecendo, ou seja, uma “verdade crua”. Lopes assumia uma posição de autoridade, isenção e distanciamento, sendo estes atributos capazes de detectar e controlar os subjetivismos dos discursos para, assim, chegar a tal verdade. Quanto ao estilo do português, ele representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Tendo o próprio dito que em suas páginas não se encontra a beleza das palavras, mas a nudez da verdade. Das crônicas escritas por Fernão, apenas três são encontradas hoje em dia: Crônica de el-rei D. Pedro, Crônica de el-rei D. Fernando e Crônica de el-rei D. João
Fernão Lopes não foi um escritor de crônicas qualquer do século XV. Com seus textos ele sempre buscou mostrar a história como ela realmente estava acontecendo, ou seja, uma “verdade crua”. Lopes assumia uma posição de autoridade, isenção e distanciamento, sendo estes atributos capazes de detectar e controlar os subjetivismos dos discursos para, assim, chegar a tal verdade. Quanto ao estilo do português, ele representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Tendo o próprio dito que em suas páginas não se encontra a beleza das palavras, mas a nudez da verdade. Das crônicas escritas por Fernão, apenas três são encontradas hoje em dia: Crônica de el-rei D. Pedro, Crônica de el-rei D. Fernando e Crônica de el-rei D. João
domingo, 6 de dezembro de 2015
Livros de Linhagens
Os livros de linhagens, também designados nobiliários, são livros que apresentam as relações genealógicas de membros de famílias nobres. Foram comuns no passado medieval da Europa, particularmente na península Ibérica.
A função dos livros de linhagens era prática, servindo para regular casamentos consanguineos e assegurando os direitos hereditários dos membros de uma família nobre e dos seus descendentes, além de conservar a memória dos antigos feitos dos fidalgos (filhos d'algo). Muitos destes livros transmitem um importante legado histórico, cultural e literário.
Em Portugal conservam-se três livros de linhagem da época medieval: o Primeiro Livro de Linhagens (ou Livro Velho de Linhagens), compilado por volta de 1270, o Segundo Livro de Linhagens (também Livro de Linhagens do Deão), de cerca de 1340, e finalmente o Livro de Linhagens do conde D. Pedro. Este último é o mais importante do ponto de vista literário, tendo sido compilado por Pedro Afonso, conde de Barcelos, entre 1340 e 1344. Pedro Afonso não só incorporou a genealogia das famílias nobres portuguesas, peninsulares e europeias como também relata episódios históricos e narrativas fantásticas relacionadas à origem das famílias que são de muito interesse histórico e literário.
Cantigas de Escárnio e Maldizer + Análise de uma cantiga
As cantigas de escárnio e de maldizer constituem a primeira experiência portuguesa na sátira. Elas também são alguns dos mais importantes registros históricos da sociedade medieval portuguesa, criticando os costumes de diferentes representantes da época.
Na cantiga de escárnio, os trovadores fazem críticas de forma indireta e velada, através de trocadilhos, da ambiguidade e da ironia.
Já nas cantigas de maldizer, o poeta faz uma crítica direta, identificando o destinatário e ofendendo-o explicitamente.
Cantiga de Escárnio
Ai dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv'en[o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei todavia;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se Deus mi perdom,
pois havedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero já loar todavia;
e vedes qual será a loaçom:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já um bom cantar farei
em que vos loarei todavia;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
Análise Semântica
Na cantiga de escárnio proposta para análise, o trovador critica uma «dona», que, segundo ele, se foi «queixar/que vos nunca louv’en [o] meu cantar». O trovador decide então «loar» esta «dona» como «fea, velha e sandia», verso que se repete no final de todas as estrofes (refrão), adquirindo um ritmo rápido, conferindo-lhe uma certa mordacidade e que reforça a crítica feita pelo sujeito de enunciação. Estas três características negativas atribuídas à «dona» possuem uma grande importância, na medida em que o número três é o símbolo da perfeição, da totalidade, sendo a «dona» o exemplo de perfeição nestas três categorias «fea, velha e sandia».
Análise Formal
No que diz respeito aos artifícios poéticos, para além do paralelismo semântico, de que são constituídas as três estrofes que compõem a cantiga, existe o mozdobre através do verbo «loar» («louv’en»; «loar»; «loarei»; «loaçon»; «loei») o que reforça o objectivo do trovador: louvar a «dona fea».
Relativamente à sua estrutura formal, esta é uma cantiga de refrão, constituída por três estrofes de cinco versos (quintilhas) predominantemente decassilábicos «Ai/ do/na/ fe/a/ fos/tes/vos/ quei/xar/» e refrão monóstico octossilábico «do/na/ fe/a/ ve/lha e/ san/di/a». Quanto à rima, esta apresenta-se emparelhada em «queixar», «cantar» e «cantar» e cruzada em «via» e «sandia», de acordo com o seguinte esquema rimático: aaabab, que se repete ao longo das três estrofes. Em relação às classes de palavras, a rima é predominantemente pobre, como em «coraçon» e «razon».
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Proençaes soen mui ben trobar - Análise semântica e formal
Proençaes soen mui ben trobar
e dizen eles que é con amor;
mais os que troban no tempo da frol
e non en outro, sei eu ben que non
an tan gran coita no seu coraçon
qual m'eu por mha senhor vejo levar.
Pero que troban e saben loar
sas senhores o mais e o melhor
que eles poden, soõ sabedor
que os que troban quand'a frol sazon
á, e non ante, se Deus mi perdon,
non an tal coita qual eu ei sen par.
Ca os que troban e que s'alegrar
van eno tempo que ten a color
a frol consigu', e, tanto que se for
aquel tempo, logu'en trobar razon
non an, non viven [en] qual perdiçon
oj'eu vivo, que pois m'á-de matar.
Análise Semântica
Na cantiga proposta para análise, o trovador critica o artificialismo do amor cortês em oposição à autenticidade do amor que ele sente. O trovador fundamenta esta questão pelo facto dos «proençais» apenas trovarem «no tempo da frol/e non en outro», o que prova a falta de sinceridade do seu sentimento, já que este só existe na primavera.
Desta forma o trovador considera-se diferente dos «proençais», pois o seu amor é sincero e o seu sofrimento verdadeiro, afirmando, através do presente do indicativo, que os «proençaes» não têm «tan gran coita no seu coraçon/qual m’eu por mha senhor vejo levar». Os «proençaes» não vivem o desespero em que ele vive «non viven en qual perdiçon/oj’eu vivo», pois eles só trovam no «tempo da frol», «tanto que se for/aquel tempo, logu’en trobar razon/non an», o que confirma o artificialismo dos seus sentimentos. Há que salientar a ironia que o trovador utiliza na forma verbal «dizen», manifestando, assim, o seu cepticismo relativamente aos «proençaes» que não amam como ele, amor esse que «m’á-de matar».
Análise Formal
Relativamente à sua estrutura formal, é uma cantiga de mestria constituída por três estrofes de seis versos (sextilhas) predominantemente decassílabos. Quanto à rima, esta apresenta-se emparelhada em «amor» e «frol», e interpolada em «trobar» e «levar», de acordo com o seguinte esquema rimático: abbcca, que se repete ao longo das três estrofes. Em relação à morfologia, a rima é predominantemente pobre, como em «trobar» e «levar». No que respeita à acentuação é exclusivamente aguda «frol», e no que concerne à fonia é predominantemente consoante «loar», «par».
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