A Peregrinação no nosso tempo, como no século em que foi publicada, continua a conhecer um sucesso invulgar.
Fonte: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8836.pdf
Especie de livro-sintese, ela incorpora e ultrapassa os principais modelos do século XVI: a crónica, a novela de aventuras e a hagiografia. A Peregrinação não é nenhuma delas em particular, uma vez que promove um verdadeiro baralhamento de fronteiras entre géneros.
Netse borrão discursivo sobressai uma iga mestra: O relato de viagem: se viajar é viver, viver é viajar.
Vijar no passsado era compra uma cara passagem para o imprevisivel, cujo preço, muitas vezes era a própria vida. Prém, havia homens dispostos a viajar parezosamente o desconhecido e Fernão Mendes Pinto foi um deles. Para ele, não lhe bastou uma única viajem; foi necessário, anos depois, reiventá-la em palavras, uma astuta maneira de viajar de novo, dividindo-a agora com esses viajantes estranhos - os leitores.
Fonte: LIMA, Francisco Ferreira de 2011. " A Peregrinação ou o outro livro das maravilhas", in BUESCU, Helena, e SILVA, Teresa Cristina Cerdeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário