quinta-feira, 2 de junho de 2016

A Peregrinação

A Peregrinação no nosso tempo, como no século em que foi publicada, continua a conhecer um sucesso invulgar.
Fonte: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8836.pdf

Especie de livro-sintese, ela incorpora e ultrapassa os principais modelos do século XVI: a crónica, a novela de aventuras e a hagiografia.  A Peregrinação não é nenhuma delas em particular, uma vez que promove um verdadeiro baralhamento de fronteiras entre géneros.
Netse borrão discursivo sobressai uma iga mestra: O relato de viagem: se viajar é viver, viver é viajar.
Vijar no passsado era compra uma cara passagem para o imprevisivel, cujo preço, muitas vezes era a própria vida.  Prém, havia homens dispostos a viajar parezosamente o desconhecido e Fernão Mendes Pinto foi um deles. Para ele, não lhe bastou uma única viajem; foi necessário, anos depois, reiventá-la em palavras, uma astuta maneira de viajar de novo, dividindo-a agora com esses viajantes estranhos - os leitores.

Fonte: LIMA, Francisco Ferreira de 2011. " A Peregrinação ou o outro livro das maravilhas", in BUESCU, Helena, e SILVA, Teresa Cristina Cerdeira.

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