quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Auto de Gil Vicente

Resultado de imagem para auto de gil vicenteDrama histórico da autoria de Almeida Garrett, representado pela primeira vez em agosto de 1838, no Teatro da Rua dos Condes, e publicado posteriormente em volume. No prefácio teórico do autor, este debate o problema do declínio da arte dramática em Portugal e defende a urgência de se fazer ressuscitar o teatro nacional, projeto a que a obra se encontra concretamente ligada. 
Nesta peça, evoca-se a corte de D. Manuel I e as duas grandes individualidades literárias que nela evoluíram: Bernardim Ribeiro (representante da poesia aristocrática) e Gil Vicente (defensor do teatro). Garrett conseguiu, assim, a proeza de abordar o Teatro através do teatro, tendo como pano de fundo os ensaios para a peça Cortes de Júpiter, escrita por Gil Vicente para celebrar a partida da Infanta D. Beatriz para Saboia, onde se casaria com Carlos III.

A peça é dividida em três atos, sendo que cada um se desenrola num espaço diferente. O primeiro passa-se em Sintra onde Pero Çafio, um dos frequentes atores das peças de Gil Vicente, ensaia a sua participação nas Cortes de Júpiter
No segundo ato, desenrolado nos Paços da Ribeira, assistem-se aos preparativos da representação: Gil Vicente e Paula Vicente não gostam do ensaio de Joana do Taco, destacada para interpretar Taes. Bernardim aparece disfarçado e pede para falar com Gil Vicente, pedindo-lhe o papel da moura.  O terceiro ato passa-se a bordo do Galeão Santa Catarina que levará a Infanta ao seu destino. D. Manuel vem despedir-se da sua filha e traz consigo Chatel, o seu Secretário, que demonstra algumas desconfianças sobre a postura da Infanta. Por intermédio de Paula Vicente, Bernardim consegue visitar D.Beatriz a quem declara o seu amor.

Poetas do Século XX

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto no dia 6 de novembro de 1919 e faleceu em Lisboa no d...